quarta-feira, 15 de setembro de 2010

QUEM SOMOS?

O movimento luterano de renovação espiritual teve inicio no Brasil na década de 70 dentro da Igreja Evangélica Luterana do Brasil - IELB. O objetivo da renovação espiritual nunca foi o de sair da IELB, mas sim, promover despertamento e renovação espiritual no meio da igreja. Após muita resistência por parte da IELB, os luteranos renovados foram convidados a se retirarem do seu meio.
Com isso, os luteranos renovados começaram uma tentativa de se organizarem, contudo houve uma grande dificuldade de se criar uma unidade a nível nacional. Depois de muito tempo de tentativas frustradas, no início do ano de 2003 foi criado o ESPAÇO ESPERANÇA - Igreja da Renovação Luterana do Brasil e Associação de Igrejas de Renovação Luterana englobando a grande maioria das igrejas de Renovação Luterana existentes no Brasil, com a proposta clara de preservar as doutrinas fundamentais do luteranismo somadas ao despertamento e renovação espirituais. Hoje este trabalho está atuando em várias cidades no Brasil e exterior.

PORQUE SOMOS LUTERANOS?
Somos luteranos porque acreditamos nas colunas estruturais da reforma protestante.

COLUNAS ESTRUTURAIS DA REFORMA: A reforma foi estruturada sobre três colunas: SOLA ESCRIPTURA, SOLA FIDE e SOLA GRATIA.

a) SOMENTE A ESCRITURA -
Porque somente a escritura? Porque em lugar do genuíno leite espiritual, era fornecido ao povo espiritualmente sedento e moribundo, instruções nas lendas e vida dos santos e nas tradições de uma igreja sem rumo espiritual definido. Periódicamente crescia o número dos decretos papais e de inovações. E assim, tradições e os decretos da igreja foram colocados ao lado e mesmo acima da Escritura, em lugar da revelação divina, puseram a opinião humana, E por temor a verdade, proibiram a leitura da Bíblia.
Quando a verdade da Palavra de Deus se apodera da vida de Lutero, defendendo-a, ele negava a autoridade humana o direito de estabelecer artigos de fé e condenava a Igreja Romana por não só ter criado doutrinas contrárias a Bíblia, mas também leis, preceitos e regulamentos para a vida e conduta do cristão. Nem papas, nem concílios tinham o direito de fazê-lo. A Bíblia é suficiente, completa, revelada e inspirada por Deus. A Escritura é a única fonte de doutrina e norma de fé e vida para o cristão. E somente ressalta que para conhecermos a Cristo e sermos salvos, há apenas uma fonte de orientação: A Bíblia. Se não pudermos confiar plenamente nas Escrituras já não poderemos ter nenhuma fonte segura para a certeza da nossa salvação, como registrado em João 10:35... "a escritura não pode falhar".

B) SOMENTE PELA FÉ -
Porque somente pela fé? Porque a ausência de fé gera temor e incertezas. Porque a falta de fé conduz a uma religião onde a criatura se auto-sacrifica com o fim de obter a graça e misericórdia divina. Porque onde não há fé em Cristo, aí brotam milhares de crendices e superstições. Este era o quadro da igreja na idade média. Como já falamos, Lutero encontrou em Romanos 1:17 que "o justo viverá pela fé".
De posse desta passagem em seu coração, confessa: "Fiquei feliz, pois se me abriu agora a Escritura Sagrada e o próprio céu". Senti-me como renascido e sentia que estava passando por uma porta estreita para o paraíso. O Espírito Santo nos dá o presente, o dom, chamado fé. A fé é qual mão que recebe o presente que Deus nos oferece em Cristo: PERDÃO, VIDA e SALVAÇÃO.

C) SOMENTE PELA GRAÇA -
Porque somente pela graça? Porque todos os seres humanos pecaram, sendo, por isso, culpados diante de Deus e estão debaixo da maldição da lei, merecendo a morte. Abandonado a sí mesmo, é absolutamente impossível ao ser humano alcançar sua própria salvação, pois pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Salvação pelo mérito de nossas próprias obras é impossível. Logo, a graça é necessária para que sejamos salvos. A salvação é decorrente única e exclusivamente da graça divina, sem nenhum merecimento por parte da humanidade decaída e pecadora. A ênfase se dava em razão da doutrina católica vigente de que as boas obras ajudariam na salvação do homem. Colocada assim, seria uma mistura de confiança na graça de Deus e confiança no mérito de suas próprias obras, comportamento este chamado pelos protestantes de sinergismo. Não fazem as boas obras um bom cristão, mas um bom cristão faz boas obras.
A posição bíblica da reforma é a de que a salvação é inteiramente condicionada a ação da graça de Deus, ou sejam só a graça através da regeneração promovida pelo Espírito Santo em conjunto com a obra redentora de Crito Jesus. Assim sendo, a graça de Deus não é fantasia ou possibilidade, mas fato divinamente revelado.
Se retirarmos qualquer um dos pilares da reforma, o edifício reforma desaba.

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